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O ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), denunciou, nesta quarta-feira (10), o processo de licitação aberto pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) para contratação de uma empresa para atuar na aplicação de multas de trânsito. O democrata alertou para o valor do contrato - da ordem de R$ 2 milhões - e questionou a necessidade de retirar do erário da cidade esse montante, diante do atual cenário de uma pandemia causada pelo novo coronavírus.
"Não satisfeito com o aumento de 378% na cobrança, nos últimos quatro anos, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) vai gastar R$ 2 milhões com uma empresa privada para dar suporte na aplicação de multas de trânsito em plena pandemia. É absurdo que o PSB, num momento de fragilidade da população em isolamento social, gaste dinheiro para crescer a estrutura de cobrança de multas de trânsito. A empresa privada vencedora do pregão eletrônico conduzido pela CTTU poderá receber até R$ 2,1 milhões para dar suporte, apoio e controlar a fiscalização e o registro de ocorrências de trânsito", disse Mendonça.
O democrata tem denunciado a indústria de multas no Recife por meio de publicações em redes sociais e notas enviadas à Imprensa. Segundo ele, em 2019, o Recife teria batido o recorde na arrecadação de multas de trânsito.
"Foram R$ 98,2 milhões contra R$69 milhões de 2018. Em 2017 foram R$36,16 milhões e em 2016, R$25,96 milhões. A Capital da Indústria da Multa voltou com tudo e o recifense, mais uma vez, será o maior prejudicado. Em quatro anos, o volume arrecadado pela PCR passou de R$25 milhões para R$98 milhões e continua sendo a cidade brasileira em que se perde mais tempo em deslocamento", lembrou Mendonça.
A abertura das propostas do pregão eletrônico para escolha da empresa que vai turbinar a aplicação de multas no Recife está prevista para o próximo dia 8 de julho, às 10h.
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