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O presidente nacional do PSDB, ex-ministro Bruno Araújo, afirmou categoricamente, que o caminho a ser adotado pela legenda, a partir de agora, em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), será de oposição. Segundo ele, o partido "teve a paciência democrática de esperar o tempo e dar as oportunidades a um governo democraticamente eleito se instalar e trabalhar", mas que, até então, não teria apresentado resultados significativos nem "de ordem econômica muito menos de ordem social". As informações foram veiculadas pelo jornal Folha de S. Paulo no último fim de semana.
Apesar de ter declarado oposição ao Governo Federal, o líder dos tucanos avaliou que um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro poderia potencializar a atual crise sanitária econômica a qual o país atravessa neste momento.
"O instituto do impeachment não é para ser banalizado. Preferimos, respeitando a grave crise que o país vive, permitir que o diálogo, a serenidade, a maturidade das instituições possam nos levar a superar primeiro esse grave momento. O preferível é que possamos chegar com um grau de naturalidade ao processo das eleições de 2022. O momento é de pregar um ambiente de unidade em relação a vencer um inimigo muito maior que está matando dezenas de milhares de brasileiros", disse Bruno.
O ex-ministro ainda observou o "perigoso desapreço de Bolsonaro pelas instituições democráticas" ao manter ao seu lado figuras como o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. Os dois são alvos de polêmicas envolvendo declarações com teor de apelo ao nazismo e de depreciação ao movimento negro, respectivamente.
"Num capítulo à parte, há todos os destemperos em relação a posicionamentos autoritários e passar a quebrar linhas institucionais. [...] Ser oposição não significa não ter relação institucional, respeitosa e colaborativa com o Brasil. O PSDB não trata adversário político como inimigo", finalizou Bruno Araújo, ao sustentar a necessidade de uma oposição de perfil firme, porém, responsável.
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